quinta-feira, agosto 30

Da série: Eu não consigo acabar de ler isto

Há algum tempo decidi que iria ler todos os grandes clássicos da literatura, independentemente do tempo que levasse. Optei por não ler só aqueles que já fossem considerados bons livros, mas principalmente aqueles que os meus amigos e conhecidos me recomendassem como sendo realmente bons.
Nesta minha aventura, já tenho apanhado basicamente de tudo, e não sei como é que funciona com vocês, mas no meu caso quando o livro me parece mau logo nas primeiras páginas, dou o beneficio da dúvida e leio mesmo assim mais um capitulo ou dois, às vezes acabo inclusive por ler o livro todo à espera que a história melhore e ela não melhora. Mas regra geral, como já disse, dou sempre uma segunda oportunidade aos livros, especialmente porque há histórias que lemos melhor em determinadas alturas da nossa vida do que outras, por isso deixar um livro de lado para ser quando faça mais nexo, é um motivo válido.
Contudo há coisas que eu não faço a mínima ideia de como é que algum dia foram sequer publicadas, levando-me a criar a lista de:

- Livros que nos fazem pensar "Epah, eu não consigo ler esta merda"

E começamos logo por um "Clássico" de seu nome Lolita, escrito por um Russo tarado e pedófilo chamado Vladimir Nabokov.
Sério, comecei a ler aquilo ontem e desisti após as primeiras nem 15 páginas, com a minha maior cara de "What The Fuck?" depois do homem escrever algo como "Não entendo como é que a sociedade reprova um romance entre um adulto e uma rapariga de 12 anos, mas não com uma de 16".

Ora deixa lá ver, oh velho nojento, se calhar é porque a rapariga de 12 anos... é uma criança! Que provavelmente ainda brinca com bonecas, velho seboso.
Eu nem li mais, e nem quero saber a história, bastou-me meia dúzia de linhas sobre as "ninfitas" como o pedófilo rebarbado as define, raparigas fresquinhas dos 10 aos 14 que me chegou.

Soube posteriormente que o tal Vladimir morreu na prisão, não faço ideia porquê, mas há horas felizes.  
PS: Afinal é só a personagem que morre na prisão...

Pior livro de Sempre!

quarta-feira, agosto 29

É assim a vida

Fui à Sephora comprar um eyeliner, chego lá, pretendendo não perder muito tempo, pergunto à raparigada da loja:

- Pode dizer-me onde é que estão os eyeliners?

Rapariga:
- Quer da Séfórra?

Eu:
- Ham?

Rapariga:
- Da Séfórrrá?

Eu:
- Ah, da marca da loja, pode ser.

Ela, entrega-me o eyeliner e diz:
- Experimente, experimente, porque esse é mais difícil de fazer o risco se calhar é melhor comprar um de caneta.

 Agarro aquilo e faço o risco na pálpebra superior, como faço normalmente sem qualquer dificuldade. Pronto está bem, parece que sofro de Parkinson tremo-me toda e aquilo fica sempre péssimo.

Vira-se a rapariga e diz:
- Se calhar é melhor eu dar um jeitinho, empreste aí...

E enquanto retoca o risco junta a pergunta:
- Quer que lhe faça um bico?

Sendo eu uma mulher, não fiquei extraordinariamente entusiasmada, tendo retorquido com  estranheza um:
- Hãm?

-... Um biquinho assim no canto do olho como se usa?

Eu, algo aliviada:
- Pode ser.

A rapariga aproxima-se faz os tais bicos e corrige o risco demorando uns bons minutos, pensando eu que era para ficar perfeito, pego no eyeliner e dirijo-me à caixa para pagar. Obviamente nem conferi o que ela me tinha feito.
Então a rapariga trabalha numa loja de maquilhagem, prontifica-se para me fazer o risco cheia da confiança, a maquilhagem dela não estava má de todo. Pensei estar nas mãos de uma profissional... Não poderia estar mais enganada.

Quando chego à casa de banho, algum tempo depois e bem longe da "Sefórrá", constato que estou uma versão da Amy Winehouse, em mau, em muito mau, sendo que tenho os cantos do eyeliner esticados até as orelhas e um deles para além de muito torto, está consideravelmente maior que o outro. Uma coisa grotesca.

No pânico, tento retirar aquilo com água e papel higiénico os "biquinhos" obviamente se esfregasse o olho todo ficava a parecer o Joker e não me apetecia, mas em vão... aquilo é super, hiper, fodasse de resistente à água. Penso:

 "Bem, ça foda, meto os óculos de sol, ninguém repara"

Mas depois penso melhor:
 "Não vou meter os óculos de sol, estou num espaço fechado, vou parecer o Pedro Abrunhosa, vai ser pior a emenda do que o soneto."

Decidi então aceitar a minha condição e presentear-me, assim que sai da casa de banho, com um pacotinho de bolacha carregadas de chocolate já meio derretidas que tinha na mala para diminuir a infelicidade. Eis que não quando, observo ao fundo do corredor um amigo do meu irmão daqueles giros por sinal, a minha primeira reacção, foi obviamente a mais idiota possível, enfiar a bolacha toda na boca, pensado conseguir dar a volta àquilo antes de me cruzar com ele.
Estava errada, novamente.

No segundo seguinte ali estava eu versão hamster Winehouse, a lançar um género de grunhidos incompreensíveis enquanto encolhia os ombros e abanava a cabeça.

É assim a vida.


sábado, agosto 25

A Margarida Rebelo Pinto e as outras

Há dias questionei-me do porquê de ter vindo outra vez à baila aquele artigo mentecapto que a MRP tinha escrito em 2010 sobre as "gordinhas", poderia dar-vos o link, mas não me apetece ir procurar. Compreendi agora o que se passou, não bastou aquele acesso psicopata e escrever aquela merda, como 2 anos depois vem recordar-nos que não foi apenas um acesso, mostrando um certo orgulho naquilo.

Ora vivemos numa sociedade que prima pela luta pela igualdade, aceitação... por quebrar o preconceito.

E vem de lá esta atrasada mental com uma acesso de fúria descontrolada contra a gorda, esse animal, ninguém sabe muito bem porquê, mas vamos lá dissecar isto:
   

"Estava completamente rodeada de obesas (...) eram 300, 100, 80 mulheres obesas, felicíssimas"

Tradução, é gorda tem necessariamente de estar infeliz com essa situação e mostrá-lo publicamente, nada de andar feliz na rua, o que é que é isso? Mas que falta de respeito para com as pessoas que se ofendem com a sua gordura.

"Aquilo fez-me um bocado impressão, porque para além de serem obesas passaram o dia a comer"

Que vergonha... COMER!

"E elas para além de serem muito gordas tinham uns bikinis(..)"

Toda a gente sabe que gorda que é gorda deve ir para a praia de burka, não pode apanhar sol. Deve mostrar-se muito triste, reclusa e fechada dentro de uma qualquer tenda de praia, não vá ofender as MRP do nosso país.

" A gordinha, como ninguém lhe pega, que é um bocadinho a enjeitada (...) É optima para sair à noite, para trazer umas amigas giras!" 

A gorda não tem personalidade, nem maneiras, nem educação, só serve para atrair gajas boas, é chamado o isco gordo.

"Podem apanhar grandes bebedeiras, podem dizer imensos disparates, porque toda a gente tem muita pena delas"

Ou seja, ser gordo é o equivalente a ter uma doença em estado terminal ou assim...

O que esta nossa amiga demonstra  com isto é que toda a vida se condicionou a fazer aquilo que realmente queria, em prol de impressionar os homens que aparentemente, mesmo assim, acabavam por escolher a gorda.

Agora se me dão licença vou só ali mijar de pé, dizer uns palavrões... ou então não, vou antes vestir a burka e levar uns guardanapos de papel que hoje convidaram-me para ir à praia e a praia dá-me fome e se tenho fome engordo, e se engordo tenho de chorar...
Ai ser gorda é uma canseira!

sexta-feira, agosto 24

Das coisas que aborrecem

Pessoas que começam a contar uma piada, segundo eles muito engraçada, e depois riem desalmadamente a meio da mesma, enquanto nós esperamos, desesperadamente, que a piada chegue ao fim mas nunca mais chega porque eles riem muito interrompendo-se. E quando finalmente chega ao fim não tem piada.

quarta-feira, agosto 22

The Woman in Black

O que vos posso dizer sobre este filme para começar é que é muito mau.
Sério, logo nos primeiros 10 minutos questionamo-nos onde raio é que o Daniel Radcliffe se foi meter e o problema maior é que esta questão torna-se recorrente no continuar do filme também.

Pois bem, supostamente este deveria ser um filme de terror, mas não há grande coisa que nos assuste, a não ser uma quantidade de bonecada antiga que é realmente para lá de assustadora, entre elas bonecas de porcelana de olhos esbugalhados, palhaços medonhos com maracas, etc.
(eu não conseguia dormir com isto no quarto)

Depois, a história não é de todo a melhor das histórias, há coisas que não são bem explicadas ao longo do filme, mais uma quantidade de coisas que não fazem qualquer nexo, principalmente pontas deixadas aleatoriamente que depois ninguém as vai buscar não sei porquê.

Aliás lembrei-me de documentário sobre um realizador de filmes de terror, de 15ª categoria, em que havia uma parte que era filmada no cemitério que passavam de um dia de sol luminoso para uma noite escura como breu, e o homem dizia "Isso são pequenos pormenores em que ninguém repara, está tudo demasiado embrenhado na história"

Assim deve ter acontecido com este filme, com a pequena diferença, que devem ter pensado que meter o Harry Potter como actor principal seria o suficiente para as pessoas esquecerem a desgraça que aquilo é.

Provavelmente vou dar spoilers, mas leiam na mesma, porque o filme é mau e não vale a pena perderem tempo a ver. Ou então não leiam, porque sou efectivamente má a contar histórias.

Mas vamos lá ao que interessa, The Woman in Black decorre em Inglaterra em 1800 e qualquer coisa, e conta a história de um Advogado (Daniel Radcliffe) que supostamente não andava a fazer nada na empresa onde trabalhava, porque lhe tinha morrido a mulher e não andava a bater bem da cabeça. Então eles dão-lhe o ultimato, para não o despedirem, de ir para uma vila não sei onde, tratar de uns negócios relacionados com o antigo proprietário de um casarão.  Nós nunca compreendemos muito bem o que é que raio é que ele vai tratar lá na vila, se é para vender a casa, se é para buscar papeis, não fazemos ideia, porque eles não explicam.

Então ele chega à vila e toda a gente age de forma estranha com ele, como se ele fosse um criminoso ou assim, e em vez do homem se virar e perguntar o porquê daquela estranheza, não, continua como se não fosse nada enquanto observa o pessoal a fechar-lhe as cortinar na cara and so on, como se fosse uma coisa normalíssima.        
Então ele vai para o casarão, tratar dos tais negócios, depois de convencer um homem com uma carruagem a leva-lo, porque aquilo era no meio de lado nenhum e subia a maré e a casa ficava isolada. E quando chega lá, como em qualquer filme de terror que se preze começa a ouvir e a ver coisas estranhas.

Óbvio que alguém com dois dedos de testa se punha a andar dali o mais rapidamente possível, mas não o nosso amigo, que continua lá à procura não sabemos bem do quê, aliás a meio do filme depois de saber que algo muito estranho de passava na casa, porque os putos da aldeia andavam todos a empacotar do nada em suicídios violentos ele decide passar uma noite na casa, só naquela.

"Eu acho que a mente nos prega partidas"

Epah, eu até entendo que o trabalho seja uma coisa a manter e tal, e mais o moço do filme que a mulher morreu e lhe deixou um filho de 3 anos para criar, mas há limites não é?
Almas penadas? Espíritos vingativos? Crianças a sangrar da boca? 

Quando trabalhava na Optimus não aguentei nem um quarto e vim-me embora.
Se fosse comigo, mandava logo uma carta para o escritório de advogados a dizer que trabalhar é bom mas que viver também e que preferia a segunda. 

Acho que me perdi na narrativa, querem que eu continue com a história, ou nem por isso?

sexta-feira, agosto 17

Finais que todos nós queríamos ver na novela da SIC

Em todas as telenovelas há sempre uma personagem ou outra que é criada para emputecer os telespectadores.  Claro está que estas personagens são sempre 2 ou 3 em cada telenovela, menos na Dancing’ Days da SIC, onde 90% do elenco é altamente irritantes.

Ora vejamos:

Júlia



Personagem principal da qual, supostamente, todos nós deveríamos ter muita pena, mas simplesmente não conseguimos.
Está bem, está bem que ela passou aqueles anos todos na prisão por causa da irmã e mimimi, mas aquele romance espontâneo com o Albano Jerónimo, que poderia ser a única coisa que a safava, não convenceu ninguém.
Então conheceram-se num dia, no outro foram para a cama, ao 3º dia tinham construído a história de amor principal da novela.
O que é isto?
Bem sei que vivemos na Era do “faz depressa”, quer dizer, mas há limites.
Outro ponto que nos faz detestar a personagem Júlia, depara-se com o facto de que para se conseguir vingar da irmã casa com um velho asqueroso e rico, claro que isto é camuflado pelo facto de ela só se casar com o velho rico para conquistar o amor da filha. Tanga, uma vez que rica já é a miúda, não era por a mãe ser pobre que ela não gostava dela.

E para terminar a magnificência da personagem estão aquelas conversas com a irmã, a Soraia Chaves em que ela se gaba:
“Eu sou outra, Raquel, fui para Itália, estudei, agora tenho estudos já não sou o elo mais fraco”

O que a torna o Miguel Relvas da telenovela, uma vez que ela vai para Itália já a filha estava grávida e regressa quando ela tem o bebé, ou seja uns 7 meses deu para ela ficar com estudos.

Fim desejado para a personagem: Numa daquelas noites que ela vai com o marido para as festas e se mete a dançar que nem stripper no meio da pista, completamente descoordenada com a música e com as pessoas que estão a dançar ao lado dela, uma bola de espelhos cai-lhe em cima da cabeça o que a faz cair no chão inanimada. Ainda chamam o 112 que a tenta trazer à vida, em vão...

Albano Jerónimo (não sei o nome dele na novela):
Galã sem sal e sem grande personalidade

Fim desejado para a personagem: Desgostoso da morte de Júlia, barrica-se num hipermercado devorando vários quilos de chocolate e salgadinhos, ganha alguns quilos, deixa de parecer tuberculoso, volta a ficar gostoso e vem morar cá para casa.


quinta-feira, agosto 16

Do bom "samaritanismo" ao "por favor não me lixem"*

Se há coisa que odeio em qualquer celebridade é aquela coisa de dar seja o que for e depois vir para comunicação social dizer o que dão, a quem dão, que são muito caridosas e preocupadas com o próximo, aproveitando posteriormente para enaltecer o quão boazinhas e de bom carácter são.

Isso tira-me do sério.

Mas pior do que isso é gente que se aproveita de causas nobres para camuflar um possível ataque de mimo e de "ai sou tão rebelde, reparem como parece que enlouqueci e meti a cabeça no cortador da relva, porque tenho a mania que sou grunge" camuflando tal coisa com a desculpa esfarrapada de que cortou o cabelo para doar a crianças com cancro que sofrem com os tratamentos e consequências da quimioterapia.


Sim cara Miley Cyrus, eu não engoli essa história e vamos lá ver porquê:

1- Eu já doei cabelo para crianças com cancro, e em todos os locais que pesquisei pediam no mínimo 17 centímetros de cabelo. Comprimento de cabelo que a Miley Cyrus não tinha (como podem ver aqui) antes de ter este ataque à Britney Spears na altura em que desfazia carros com guarda chuvas e deixava cair os próprios filhos de cabeça no asfalto.

2- Vamos recorrer a esta pequena noticia da Blitz:

Miley Cyrus gasta 20 mil euros em extensões de cabelo

 "Vieram de Itália e foram colocadas por um especialista.
Ex-Hannah Montana paga o que for preciso para ter um cabelo... Em condições. Miley Cyrus desta vez é notícia pelo dinheiro que gastou recentemente na aplicação de extensões no cabelo. A ex-Hannah Montana pagou nada mais nada menos que 24 mil dólares (aproximadamente 20 mil euros) para conseguir o look que desejava. Segundo avança o Correio da Manhã, fonte próxima da cantora - agora líder dos topes nacionais de vendas com o disco Can't Be Tamed - diz que "ela quis encontrar um cabelo especial, do melhor que há, tipo o Rolls-Royce das extensões." Como se não bastasse, a jovem estrela mandou vir o cabelo de Itália e deslocou-se de Los Angeles a Nova Iorque para que a aplicação das valiosas extensões fosse realizada pelo maior especialista no tratamento e colocação de extensões da cidade."

Oh amiga a sério, esses 24 mil dólares que gastaste dariam para tanta peruquinha para as crianças. Melhor, dariam para financiar tanta pesquisa para a cura do cancro, já viste como serias ainda mais bem vista?

 3- Ninguém exige nas doações de cabelo que faças um corte à Sick boy do Trainspotting só que ainda mais à toxicodependente.

Por isso, a sério, a próxima vez que eu disser que a Miley ainda consegue parecer mais poser após o corte de cabelo, não venham com a desculpa da doação de cabelo para crianças com cancro.

*Era "por favor não me fodam", mas ando a tentar cortar nas asneiras.

quarta-feira, agosto 15

Dos Arctic Monkeys

Ando a desgostar dos Arctic Monkeys desde que eles meteram na cabeça, principalmente o vocalista, que tinham de parecer "cool" para fazer boa música e acho que é por isso que tudo o que eles fazem ultimamente me soa forçado.
Aquela imagem de "bad boys" (e a do Alex Turner "Sou tão sexy") que andam a tentar passar é altamente ridícula, não se podiam focar em fazer boa música?

Isto é pena, porque eram das minhas bandas favoritas a atitude deles está a arruinar tudo.

Principalmente porque, ao menos, para mim isto:




 É muito mais sexy/cool/whatever do que esta tristeza:




E o Facebook?

Algumas pessoas perguntarão:
 “O que é que aconteceu à página de Facebook?”

 (Eu sei que vão perguntar, não se façam de difíceis)

 Pois bem, desapareceu, sumiu, varreu-se!

 É verdade que em pouco espaço de tempo consegui alguns likes e também sei que aquilo alcançava 36,000 pessoas por semana (o que é genial tendo em conta o conteúdo) mas a realidade é que hoje olhei para aquilo e apeteceu-me apagar a página.

Poderia tecer um longo texto, mas creio que não vou ter saudades, havia demasiada interacção para o meu gosto.

 Aqui continuarei, anti social e esquisita. Com muito menos atenção é certo, mas fiel a mim própria.

terça-feira, agosto 14

Detesto Spoilers

Se há coisa que detesto terminantemente é que alguém se lembre de me contar o fim ou o meio, ou qualquer coisa de uma série, filme ou telenovelas (sim eu vejo telenovelas) que eu ande a ver. Sério, ninguém quer saber o final dos filmes, ninguém quer saber o que acontece a seguir na série, nós queremos é ver e descobrir por nós próprios, custa muito enfiarem tal coisa na cabeça?

Aliás isto é um assunto tão traumático para mim, que ainda me recordo com clareza do primeiro spoiler à séria que me deram, corria para aí o ano de 2000 e estava no cinema O Sexto Sentido (ou seria 1999, o IMDb diz que é 1999).
O meu irmão tinha ido ver, melhor, acho que tinha ido a família toda e eu não pude ir porque era demasiado nova. Lembro-me de que quando regressaram passavam a vida a dizer que o filme tinha um final muito bom, muito inesperado, claro que disse logo para não partilharem comigo, porque posteriormente havia de ter oportunidade de o ver.
Deus sabe a quantidade de vezes que sai da sala e tapei os ouvidos enquanto gritava “lá lá lá” para não saber nada do filme, que como já disse, queria mesmo ver.

Isto só acabou por acontecer quando este saiu para o clube de vídeo 30 anos depois (sim, ou antiga, no meu tempo não se sacavam filmes da Internet em 7 minutos, eu também não o faço hoje em dia porque sou muito respeitadora dos copyrights e muito integra desde que vi a noticia daquele pobre infeliz que foi multado por sacar musicas dos Delfins. Deus sabe as coisas vergonhosas que me poderiam apanhar a sacar), claro que corri para o poder ver, ainda ele estava na prateleira das novidades, agarro o filme e dirijo-me ao balcão para o alugar.

Na altura trabalhava no Clube de Vídeo uma rapariga brasileira que não sei porquê tinha o hábito de dar sempre uma tiradinha em relação ao filme que estávamos a alugar. Em geral ela não se alargava muito, dizia algo como:

“Oh é um filme muito lévizinho”
Ou
“Essi sim é dji fartá dá risada”

Mas nunca adiantava grande coisa, o que aliás era o esperado de alguém que trabalha num clube de vídeo. Mas não naquele dia, naquele diz, assim que eu espeto o filme em cima do balcão ela diz:

“Ai qui filme mais emocionatxi, Bruci Willis está morto durantxi o filmi todo”

Foi assim a seco.

Fiquei tão parva, nem sabia o que deveria pronunciar para aquele exímio exemplar de filha da puta, e olhe que é raro deixarem-me sem palavras.
Honestamente, estive imenso tempo à espera para o filme sair do cinema, tive outro tanto possivelmente a juntar dinheiro para o poder alugar, sim que nadar em dinheiro foi algo que nunca fiz na vida, e vai aquela cabra e dá-me o fim do filme assim a seco sem contemplações. Não faço nem ideia do que é feito da mulher nos dias de hoje, mas guardo a esperança secreta de que tenha sido vítima de qualquer acidente espalhafatoso como ser atropelada por um camião que transporte fruta e depois tenha sido arrastada vários quilómetros por uma estrada nacional qualquer daquelas todas esburacadas e com lombas.

 Agora digam-me lá, qual foi o maior spoiler de filme/série que já vos deram?

Não, não digam... Caso contrário poderão estar-me a dar spoilers de coisas que eu nunca vi...

domingo, agosto 12

Vejam lá ai o novo Header

Eu sei que está um bocado girly... Mas não está lovely?

quinta-feira, agosto 9

Ai como eu adoro comprar roupa

Não me recordo de haver alguma altura da minha vida em que apreciasse comprar roupa. Um dos principais motivos sempre foi o facto de considerar tal "hobbie" um desperdício de tempo, que é precioso, e de dinheiro, que eu não possuo.
Honestamente, com a Fnac ali ao lado, não entraria na Mango como primeira escolha, e quem diz a Fnac diz a Game ou a Box do Jumbo, sei lá, há tanta loja que as de roupa nunca se tornaram a meus olhos como algo apelativo.

Contudo mentir-vos-ia se vos dissesse que não havia outro motivo que me leva a odiar comprar roupa e este depreendia-se no facto de sempre que me dedicava em perder um manhã ou tarde em busca de qualquer coisa para vestir, acabava por sair das lojas a sentir-me um texugo gordo. Sério, qual obeso mórbido a precisar urgentemente de uma banda gástrica.
Digo-vos , não foi nem a primeira, nem a segunda vez que saí de certas lojas a pensar que teria de recorrer à Elena Miró se quisesse andar vestida.

Até que hoje enquanto fazia umas compras entendi algo muito giro:
Os números de roupa de certa loja são ridículos!

Ora vejamos o exemplo desta camisola da Zara:

Como podem ver ali por baixo do preço (yap eu só compro pechinchas) o número maior que eles fabricam é o M, ou seja qualquer pessoa que vista acima disso é considerado provavelmente um sapão, porque eles não fabricam maior. E como todos nós sabemos, sapões não podem gostar de cai-cais azuis...


Esta sou eu com a camisola em questão, Olá!

Adiante, segundo a Zara, eu sou a pessoa mais gorda que poderá interessar-se por esta camisola.

Aliás, eu queria o numero acima, perguntei à mulher e ela disse-me "Maior que essa que aí tem não existe"

Se vocês depois de lerem este post ainda acham que não há nada de muito errado com os padrões de beleza desta sociedade, eu não sei...

E quem diz a Zara, diz a Pull, uma vez que eu visto o L da Pull Bear (que é o número maior, ao menos no centro comercial onde fui hoje, não havia número maior que o L) e o da Bershka também.


quarta-feira, agosto 8

Comédia na televisão Portuguesa

Tenho sido um pouco injusta quando digo que já não há coisas que passe na televisão Portuguesa que me faça esboçar um sorriso.
Aliás eu acho que a última vez que me tinha rido com algo que deu na televisão foi quando o vocalista dos Squeeze Theeze Pleeze mandou um espalho gigante do palco enquanto cantava cheio de sentimento e o playback continuou.

Mas ontem, contrariando as expectativas, a TVI surpreendeu-me com a transmissão dos números do Euromilhões. Eu não sei se as pessoas sabem, mas a TVI supostamente ficou com o exclusivo da transmissão do Euromilhões, uma coisa que de facto é uma honra para qualquer meio de comunicação, um exclusivo, especialmente quando consideramos o facto de que os números podem ser consultados na Internet sempre uns 10 ou 20 minutos antes deles os transmitirem na televisão, mas adiante.

Ontem como o prémio era avultado decidiram parar o telejornal a meio para fazer, aquilo que eu considero ser uma falta de profissionalismo abismal.

Confiram:


Sabem aquela brincadeira, quando tentamos fazer uma coisa com a mão esquerda e outra com a mão direita e nos baralhamos por completo?
Aconteceu-me exactamente isso a ver a transmissão dos números do euromilhões ontem, com a vantagem de que tinha a minha mãe a meu lado que tornou tudo ainda mais confuso:

Mãe: Não fiz o euromilhões e costumo meter sempre o número 19
Eu: Mas ela não disse 20?
Mãe: Não, 19. Olha para lá.
Mãe: olha o 10, meto sempre o 10.
Eu: Eu ouvi 24.
Mãe: A miúda está estúpida.

Enfim, foi triste, mas eu entendi, a TVI está a tentar estimular o cérebro  dos portugueses em tempo de férias creio. 

  

terça-feira, agosto 7

Oops, que escorreguei no azeite

Vamos todos tirar um pouco do nosso dia para apreciar esta fotografia, porque bem, nós vivemos é da miséria alheia.


Primeiro o homem parece saído do museu de cera da Madame Tussauds, todo ele brilha, é a testa, é o peito, depois lembrou-se de meter uma cruz pendurada na orelha fazendo-me lembrar o Jon Bon Jovi quando era novo, ou seja para aí em 1800. Continuamos a descer e deparamo-nos com um decote em V até ao umbigo, combinado com um casaco 3 números abaixo do dele, culminamos com umas sandalocas masculinas, sobre as quais não vou tecer grandes comentários, porque honestamente sandálias masculinas é o maior corta tesão que eu já vi na vida.

Ai filho, eu que um dia te cheguei a colocar na minha lista de People I Would Bang Harder Than A Screen Door During A Hurricane....



PS: Se aquilo que ele tem dentro do bolso, não for o telemóvel... esqueçam todo este post que se perdoa tudo o resto.