segunda-feira, maio 27

Eu não fui ao concerto dos One Direction

Começar o titulo com uma mentira talvez me ajude a manter a pouca reputação (talvez nula) que ainda me resta, mas vamos ao que importa, ou não...

Não compreendi muito bem o porquê do hype em torno do concerto dos One Direction, e aliás vou regressar aqui ao meu humilde espaço e aos meus 4 leitores para vos relatar uma história altamente desinteressante, de porque é que considero que o ser humano não pára de me surpreender, maioritariamente pela negativa.

A minha sobrinha menor é fã de One Direction (antes isso que Nickelback), pronto vá, são para ela como o Juliluli Casablancas é para mim. E verdade seja dita que eu alimento a doença da criança, com posters e álbuns e tudo o que haja da banda para ela criar aquilo que muita gente chama de obsessão pouco saudável, mas que eu gosto de chamar de amor. Podem então calcular a tristeza dela quando constata que os bilhetes para o concerto esgotaram em 7horas após terem sido metidos à venda. 

Estão a ver aquela máxima do: “Não podemos dar tudo o que as crianças pedem, porque assim não as preparamos bem para a vida e elas devem habituar-se à rejeição e ao “Não”?”
Eu não sigo isso. Tenho a ideia que a vida é complicada estejam elas bem ou mal habituadas então tento dar sempre o que posso.
Contudo, todos os bilhetes que metiam à venda no OLX eram uma chulice do caralho, não querendo utilizar palavras piores. Bilhetes de 50 € a serem vendidos a 150 e 200? Não tenho dinheiro para isso, e mesmo que tivesse não dava 150€ por bilhete algum, fosse para ver quem fosse, nem o Julian de sunga preta a dançar o I like to Move it Move it, garanto-vos… Ok, talvez considerasse no caso do Julian de sunga preta, adiante.

Chega o dia do concerto e a miúda toda infeliz pede-me para ao menos ir para o Pavilhão Atlântico tentar vê-los a sair do autocarro e eu acedo. Posso dizer que fiquei surda nos primeiros 10 minutos, a sério aquelas pitas devem todas ser primas da Florence Welch e ter uns 5 pulmões cada uma, talvez mais. Estão a ver aquelas pessoas que quando estão sob elevados níveis de Stress vão para o meio do monte gritar para descomprimir? Assim eram elas, só que não estavam no meio do monte. Estavam a 4 centímetros dos meus ouvidos.
Agora chega a parte melhor da história, ligo à minha irmã que tinha ficado a tentar estacionar no meio daquela confusão e ela:

- “Olha estava aqui ao pé da bilheteira, perguntei se tinham bilhetes e consegui 2”

Sim. Ela conseguiu em 10 minutos bilhetes para uma merda que estavam rios de pitas a chorar baba e ranho para irem. 10 minutos. Ao preço que eles estavam a ser vendidos ao início.

 Plus, os lugares nem eram maus.

(assim se faz uma criança feliz)

(assim se faz uma tia completamente surda)

Agora querem ouvir algo ainda mais engraçado?
Eu não ia "preparada" para ir para um concerto e como sou psicótica, precavida tenho sempre dentro da mala coisas interessantes como um taser (que nem é legal), uma navalha, tudo o que possam imaginar. Claro está que em situação de risco possivelmente eu seria taserada com o meu próprio taser e esfaqueada com a minha própria navalha, porque sou muito aselha, mas isso não me impede de sentir fodona cada vez que me lembro que tenho grandes possibilidades de uma safar numa situação de assalto. Adiante. à entrada do concerto um segurança gigante manda-me abrir a mala, eu não me lembro do meu pequeno arsenal e abro a mala...

Segurança: BEM....  

Eu com cara de pânico
Segurança: Bem...A garrafinha de água vai ter de deixar aqui, mas se quiser a águinha eu meto-lha num copo, quer?
Eu: Okay ^^
Segurança: Um bom concerto!

E daqui se depreende que: As garrafas de água são uma arma bem mais letal do que qualquer outra coisa, porque eu podia, se lá salpicar alguém com a água ou assim e a noite estava fria e elas podiam apanhar uma pneumonia.
A partir de hoje o taser fica em casa e levo sempre a garrafinha.