Ás vezes penso o quão frustrante deve ser ser fantasma na minha casa.
Provavelmente deve ser a coisa mais frustrante do mundo, porque há em nós a capacidade de relativizar tudo o que acontece. Se alguma coisa cai do nada "Olha, estava mal equilibrado", se pouso o telemóvel aqui e ele aparece noutro lado qualquer "Devo ter sido eu que o meti ali e agora já não me lembrava"
Relativizar é a palavra...
Lembro-me que uma vez vi um programa, daqueles das tardes da Fátima Lopes, ou da Júlia Pinheiro (não interessa, porque também já não me lembro) em que uma mulher garantia que o espírito da falecida filha lhe mudava as coisas de sítio.
"Juro-lhe minha senhora, a fotografia da minha filha move-se 2 a 3 centímetros para a esquerda do lugar onde costuma estar na prateleira"
ou
"Há dias a camisola que costumava estar no armário do lado direito apareceu no esquerdo"
Senti honestamente pena da eventualidade de um fantasma viver aqui, isto porque se estivermos a ver televisão e a foto da minha falecida avó sair a voar pela sala, até parece que consigo imaginar a reacção da minha mãe:
"Oh Ana, vai ali fechar a janela que está aqui corrente de ar."
Pobres fantasmas, não dá pena?
7 comentários:
Já em minha casa, atribuo ao fantasma todos os acontecimentos estranhos que por aqui se dão xD
Não. Dá vontade de rir.
Completamente
Na Irlanda, quem muda o sítio às coisas são os duendes; na terra da minha avó (no Oeste) são as bruxas; e eu, como não acredito em duendes nem em bruxas (o que sempre seria muito mais giro e mais folclórico, é um facto...), só posso deitar as culpas à minha cabeça de alho chocho. Ora bolas.
Off topic, but settles the difference between Nerds and Geeks once and for all
Pois eu como sou da geração Spielberg acho que são Gremlins!
Eu cá sou como a tua mamã, prefiro acreditar que há uma razão lógica para as coisas. Mesmo quando não a vejo lol
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