quarta-feira, fevereiro 24

Os Blogs morreram há 8 anos atrás

Os Blogs morreram, o Facebook morreu para toda a gente com menos de 60 anos, o tik tok para quem tenha mais de 6, o Instagram não é viável para gente que gosta de escrever e não gosta de fotografias. 


Ainda há alguém neste mundo?

Ana

domingo, março 30

Os gordos são pessoas também

Na minha óptica existem dois tipos de pessoas que podem opinar sobre gordos:
Os gordos e os ex-gordos.

Mais ninguém tem credibilidade para fazer tal coisa. Talvez por isso me abespinhe tanto quando leio aqueles posts de “aceitação corporal” escritos por alguém que nunca teve 2 quilos a mais ou a menos do que o socialmente aceite. (E sim é o socialmente aceite. Não venham com a treta do saúde que eu já fui gorda e já fui magra e era mais saudável quando era gorda) 

“Ah a Miranda Kerr escreveu um livro sobre aceitação corporal”

 Quem bom. Não vou ler. Mas o que é que ela tem mesmo para aceitar? Tem o segundo dedo do pé maior do que o primeiro?
Eu tenho, fica horrível em sandálias…

Mas o post não é sobre dedos dos pés. O post é sobre gorduchos, gorduchos e telenovelas, já vos cativei para lerem até ao fim?
Eu sabia.

 Que a globo tenha decidido incluir no elenco de “Amor à vida” uma gorda, não é novidade, que essa gorda tenha como objectivo primordial de vida arranjar alguém que lhe salte para cima, também não é novidade. O que é novidade é o final feliz, que escreveram para a personagem.
Há uns tempos uma rapariga decidiu meter na internet um texto gigante cujo objectivo era chegar ao autor da novela, onde proclamava que as gordas eram pessoas normais, tinham profissões, algumas muito bem-sucedidas e que era um pouquinho maldoso mais uma vez cair no erro de ridicularizar a gorda. E o autor respondeu: “esperem pelo final, o final vai surpreender”

E por acaso até acertou uma vez que estava a ver a novela sexta à noite e (longe do final) já estou surpreendida.

Arranjam um namorado à Perséfone, mas atenção não é um homem banal, é alto gato, que a convida para jantar e lhe oferece flores e tudo, então eles estão a jantar e acontece este diálogo:

Ela: Mas… você quer estar comigo, mas eu sou gorda. (ela não é uma idiota. Ela tem uma boa profissão, é bonita, não mata ninguém na novela, nem troca a medicação aos velhinhos, porque é que é importante o ser gorda?)

Ele: Eu sei. Eu já olhei para você e pensei: “Cê é gorda, ninguém quê pegá”. Mas agora eu já não vejo assim. Eu te aceito.

Ela olha-o com cara de encantamento…

Ele aceita-a…

Mas que merda é esta?
Ninguém deveria estar com alguém que os aceita. “Aceitar” é um pressuposto muito ruim para o início de uma relação.
Vocês devem estar com alguém louco por vocês, malucos, destravados, que vos acham fabulosas, que gostam de vocês por vocês. Nós precisamos de nos aceitar a nós próprios, como somos. O amor da nossa vida não tem de nos aceitar, o amor da nossa vida tem de nos amar.

É essa a missão deles, não encuquem na vossa cabecinha o contrário e não aceitem nada menos do que isso.

quinta-feira, novembro 7

Life is a big big Circus

Quando tudo se começa a transformar num gigante Circo, as palhaçadas tornam-se tão corriqueiras que já ninguém as contesta. E encolhemos os ombros dizendo de forma conformada e condescendente: “É o País que temos”; “É o que há”. E a maioria de nós já nem levanta grande poeira, porque “não vale a pena”.

Mas nisto tudo há uma grande diferença, entre o sermos palhaços por nossa própria iniciativa, (porque se nos pagarem, hoje em dia aceitamos qualquer tipo de trabalho tal é o desespero. Sim, enviei o meu CV ontem para Ajudante do Pai Natal, nem está muito longe) e o sermos palhaços gratuitos, porque nos fazem de tal e esperam que nem nos apercebamos da coisa.

Nisto chegamos à pergunta essencial deste post: Até que ponto devemos deixar que nos façam de parvos com o nosso consentimento?
Há uns meses atrás quando terminei o curso e me fui inscrever no Centro de Emprego, informaram-me de algo bombástico: Estágios remunerados pelo IEFP. Digo bombásticos utilizando um adjectivo muito abaixo do que o Homem que me atendeu me fez crer, basicamente o que este me disse foi o seguinte:
“Isto é uma iniciativa do Estado para diminuir o desemprego dos jovens, a única coisa que tem a fazer é contactar a empresa onde quer trabalhar (uma ao seu gosto), propor-lhes o seu estágio, depois eles entram em contacto connosco que nós pagamos. E fica lá a estagiar um ano tudo pago por nós”

Parece bom não parece? Claro que logo à partida nós sabemos que o estagiário é o chamado “pau para toda a obra” e conheço gente que durante o estágio até os cafés servia na empresa e lavava chão… but hey, works for me. Desde que me paguem, obviamente.

Mas voltemos à parte do “contacte as empresas”, coisa que fiz. Devo ter contactado umas 20 e até ao momento não obtive resposta de nenhuma já lá vão 3 meses. Passei então a fazer algo que pensava ser mais inteligente, procurar as empresas que já tivessem entrado em contacto com o IEFP e estivesse a atribuir os tão fabulosos estágios remunerados.
Durante esse tempo, posso dizer-vos que fui contactada por uma miríade de gente do mais sacana (para não chamar nada pior) que vocês podem imaginar.

Mas nada como este último caso que vos vou relatar.

Vejo no net empregos “Trainee de Recursos humanos – Estágio Profissional Remunerado IEFP”, Mandei o CV e recebo, algum tempo depois, um mail a dizer que a 1ª parte da selecção que era a avaliação curricular estava concluída, iria passar para a 2ª parte - entrevista online. Mandaram-me um link composto por umas 30 perguntas sobre recursos humanos, com casos específicos aos quais respondi. Recebo posteriormente outro mail (uns dias depois). (Já adormeceram com o relato??? Adiante...) A dizer que tinha passado à 3ª fase de selecção em que teria de responder agora a testes de lógica e mais não sei quê. Aquilo eram umas milhentas perguntas de psicotécnicos, às quais eu respondi. Depois disto enviaram-me novo mail informando-me que tinha passado todas as fases e entrariam em contacto por telefone no dia seguinte às 10 da manhã.

No dia seguinte ligam-me e a conversa foi a seguinte:

“blá blá blá… Estou a contacta-la porque passou todas as fases de selecção, até agora, para Trainee de recursos humanos e gostaríamos de fazer uma entrevista presencial na qual vamos analisar a dinâmica de grupo…”

Eu: Pode informar-me se, a ser seleccionada, me será atribuído um estágio do IEFP?

“Ah… bem, nos primeiros 4 meses tem de passar por um período de formação não remunerado. Onde será testada semanalmente para vermos se consegue cumprir objectivos e se se adequa ao perfil da Empresa. São avaliações muito exigentes. Só posteriormente é que lhe será atribuído o estágio, ou não...”

Eu: E quer fazer-me crer que me vão de facto dar formação por 4 meses? E que provavelmente ao 15º dia eu já não estarei a trabalhar, por baixo dessa camuflagem de formação?

“haamm, humm… “

Eu: É que entende, o centro de emprego está a pagar à empresa para a empresa me dar o estágio, no qual já deveria estar englobada a formação que vocês querem que eu vá ter de graça. Ou seja o estado paga-vos, mas quando eventualmente o dinheiro chegar às minhas mãos eu já estarei a trabalhar a 100%, após uma formação não remunerada de 4 meses.

“Sabe que o Estado não paga tudo, já foram os tempos em que isso acontecia”

Eu: Pois, há casos em que o estado paga 80% e outros que paga 100%. Eu estou informada da situação, por isso tenho a dizer-lhe que não estou interessada.

“De qualquer das formas vou deixar a sua candidatura em aberto, para o caso de aparecer algo que vá mais de encontro ao que procura”

Eu: Qualquer sitio onde me paguem já vai mais “de encontro ao que procuro”.

É isto.

quinta-feira, setembro 12

I don't care... I LOVE IT!

Olá, meus adoráveis 3 leitores, 4 vá, aqui estou eu novamente para vos falar de algo que honestamente não tem interesse algum, mas como eu faço um serviço público sinto-me na obrigação de partilhar convosco esta minha descoberta.
Estão a ver aqueles programas de televisão tão maus, mas tão maus que a certa altura vocês ganham pena dos actores por algum dia terem tido a infeliz ideia de ingressar em tal projecto?
Já alguma vez se deparam com algo com tão pouca qualidade que a certa altura nem sabem se aquilo foi realizado a sério ou a gozar?

Pois assim é a nova telenovela Juvenil da TVI I Love IT.

Apelidei-a de juvenil, por mera ironia uma vez que os protagonistas são tão jovens quanto aquela moça dos anúncios do “Liga, Miúda, 760…” Em que a miúda já não é mais miúda há uns bons 20 ou 30 anos, estão a ver?
Pois assim é a nova aposta da TVI.
E quem são os protagonistas desta nova novela, perguntam vocês?

A Mia Rose
Que já deveria estar escaldada de novelas “juvenis” desde que arranjou a cunha para o namorado da altura, Lourenço Ortigão, entrar nos falecidos “Morangos com Açúcar” (paz à sua Alma) e com tal boa acção acabou por arranjar, não só um par de cornos como também um de patins. Só por ai a moça deveria saber que o prenúncio de merda estava patente.
Mas a maldição das telenovelas Juvenis não a demoveu e ali está ela pronta para nos mostrar não só o rabo, várias vezes por episódio, como também o talento, muito. Talento este partilhado por todos os seus coleguinhas de elenco, ora vejamos o núcleo.

Temos para começar uma promenade de sotaques, creio eu que foi criada num esforço desnecessário, e botem esforço nisso, de mostrar que a novela envolve diversas culturas temos:

A Moça Rude do Campo

A Moça Rude do campo fala à moça Rude do Campo, e quando vos digo isto não estou a utilizar nenhum género de hipérbole, a moça fala como as camponesas de 80 anos, num sotaque de Trás os montes misturado com o dos padres de Viseu.  

O Brasileiro
O Brasileiro que não é brasileiro e que toda a gente repara nisso, eu duvido que não tivessem conseguido encontrar, no casting, alguém que realmente tivesse sotaque do brasil, mas depois do que escrevi até agora… será que houve casting algum?   

O Açoriano

O açoriano é só estúpido e ninguém compreende nada do que ele diz

A Angolana

Esta novela tem umas lacunas tão graves que até a moça Angolana eles obrigaram a falar à preto. Mas não é um sotaque qualquer, é um sotaque carregado com “TchÉ, Meu irmããum”

A versão mafiosa do Mandarim dos pudins Mandarim

Eu já o achava irritante nos tempos do Médico de família e o pior é que aquele sorrisinho irritante refinou com os anos.

Mas se as personagens em si não serviram para vos cativar, que tal um pouco da história (só vi uns 40 minutos, mas confiem)?

Então a Mia Rose é uma jovem que mora com a amiga Angolana, do sotaque, num casarão, porque os pais emigraram por causa da crise, contudo, embora sustente a casa e financie as festas a que vai noite sim noite sim, o seu emprego como professora de body combat dá-lhe também para adquirir equipamento electrónico caro para caralho (Devia ter ido para professora de body combat que aquilo ganha-se bem), e o sonho dela é ser cantora.

Certa noite vai a uma festa com a amiga, (uma festa ao estilo de Skins, mas em mau) onde aparecem todas as personagens à papo seco.
Cruza-se com o miúdo irritante do médico de família, que a quer comer à força, mesmo que todas as mulheres da festa estejam interessadas nele (porquê, é uma incógnita), mas ela não tem interesse nenhum nele, aliás porque mais tarde vai conhecer um moço que tem um Corvette (logo ali nos sabemos que vai ser com quem ela vai ficar no final.)
Mas adiante, a meio da festa reconhece um produtor musical, que não lhe liga cu, e decide ir a casa a correr para lhe entregar uma demo das músicas dela.
Quando ela chega a casa…
ESTÁ A OCORRER UM ASSALTO!!!
Protagonizado por crianças de 10 / 11 anos no máximo, que também se esforçam horrivelmente por ter sotaque à ghetto, mas a Mia Rose quer lá saber, agarra na demo e vai para festa não sem antes gritar naquele seu ar de Cascais

“Eu apanho-vos!”.

Uma cena que tem uma lógica enorme, estão a roubar-me a casa, mas eu vou para a festa:

Pois…
Quando chega à festa, cruza-se novamente com o miúdo irritante do médico de família que a tenta comer, como ela não quer, ele vai ter com o amigo que tem uma saca cheia de Roofies. Não um ou dois, uma saca cheia. Mete o Roffie numa bebida e dá à Mia Rose…
Que é a coisa mais lógica a seguir à casa assaltada, um gajo que nos tenta comer a noite toda oferece-nos uma bebida que nós não vimos sair do bar e nós… BEBEMOS!!!
Boa Mia Rose!

Mas não se preocupem, porque quem acaba por beber o Roofie é o moço do Corvette (que é gatinho) e mal leva o copo à boca desmaia logo (bom Roofie), no Corvette e a Mia Rose como é muito boa samaritana conduz o Corvette, mas a noite não termina ali, a desgraçada é apanhada pela policia numa operação Stop...

Toda a gente sabe como são chatas as operações Stop, mas claro não são coisa para abalar a Mia Rose, que diz logo ao senhor Agente que não tem tempo para aquilo... Ya, ela diz à policia que não tem tempo para a operação Stop. 
Enfim...vocês vão mesmo perder?

Vejam 10 minutos, sério... e  contem-me a experiência.  

terça-feira, julho 23

Top 5 Histórias de amor da Disney

Ao contrário de muita gente a Disney não arruinou as minhas expectativas no que toca ao campo romântico, aliás eu nem consigo entender como tal é possível.
Sim também desde tenra idade fui exposta aos contos de fadas que via e revia rebobinando os meus VHS, vezes sem conta, se isso criou mazelas psicológicas em mim? Creio que sim, mas daí a dar-me expectativas irrealistas em relação ao amor, vai uma grande distância.
Vamos lá ver porquê, enquanto enumero as 5 histórias da Disney que nunca criariam expectativas irreais a alguém com 2 dedos de testa.

 1- O Corcunda de Notre Dame 

A história que mais realidade trouxe aos meus dias, O Corcunda era uma jóia de moço, pobre desgraçado tinha vivido a vida escondido porque era feio e corcunda. Noite dentro cantava à lua pedindo um amor verdadeiro que visse para lá da feiura da sua imagem
E depois apareceu a Esmeralda e …
Fez o Corcunda constatar que estava certo e que ninguém lhe pegava porque ele era feio , corcunda, tinha um olho maior do que o outro e o bom coração não nos serve de muito, nem nos contos de fadas.

 “Mas, mas…” 
És feio, segundo a Disney mereces ficar sozinho, contenta-te com as gárgulas, que também só não se vão embora porque são de pedra e não conseguem.


O Corcunda de Notre Dame ensinou-me muito, para além de que não importa o quão grande seja o teu coração, as pessoas no fim ficam com o bonzão e ficam, ensinou-me ainda o verdadeiro significado da friendzone.
Expectativas irrealistas em relação ao amor após esta história?
Nah, próximo.

2-  Branca de Neve e os 7 anões  


Ele tentou comer-te enquanto estavas morta, moça, isso não é fixe. É aliás uma prática até muito reprovável na maioria das sociedades, moça.
E tu príncipe, amigo, está visto que curtes cenas estranhas, mas olha que essa coisa dos mortos se levantarem e andarem, não é coisa boa não, eu vejo o The Walking Dead… Sério, não é fixe.

Expectativas em relação ao amor ficaram abaladas após esta história?
Também não… que venha o próximo.

3- A Bela Adormecida 

Ele tentou comer-te enquanto dormias, amiga, também não é fixe é muit'a' estranho.

4-  A Bela e o Monstro 

Ele era um idiota sem coração e devia “pegar geral” (como dizem os Brasileiros) quando era bonzudo, então um dia como castigo uma velha que lhe vem pedir abrigo (bem diz a minha mãe que não devemos abrir a porta a ninguém) transforma-o num monstro horrível que tinha de encontrar alguém que visse a sua beleza interior (que ele não tinha como é que a pessoa ia ver?)
 Mimimimimi
Um monstro, uma besta, mas a Bela apaixona-se por ele mesmo assim. E porque é que ela se apaixona por ele?
Porque a outra hipótese que ela tinha era o Gaston, ninguém ia querer o Gaston, o Gaston tem um ego maior que o meu, adiante…
Coisas erradas nesta história?

1- Ele raptou o teu pai, amiga, a menos que chegasses ao castelo e o raptor fosse o Ryan Gosling e a primeira imagem que tivesses dele fosse ele na sala a treinar os bíceps, tu não te apaixonas. E se te apaixonares consulta um especialista na área da psiquiatria, porque a síndrome de Estocolmo tem tratamento. E eles podem ajudar-te.

 2- Como compensação a Besta fica bonita no final. Cortando toda e qualquer moral que o que importa é o interior e blá blá blá que o filme pudesse ter tido até ali. Dá aquela ideia, gostaste dele feio, como compensação ele vai ficar bonito!

 3- O monstro não era tão feio assim olhem para a foto, até tinha pinta, talvez um pouco peludo… mas o Gaston não era melhor nesse campo.


5- Mulan

 Ele é claramente homossexual e interessou-se por ti porque pensava que eras um homem. Só tu é que não queres ver, moça…
Sentem a tensão homo-erótica?



 E vocês? Quais foram os filmes que não contribuíram para a criação de expectativas irrealistas em relação ao amor?

segunda-feira, maio 27

Eu não fui ao concerto dos One Direction

Começar o titulo com uma mentira talvez me ajude a manter a pouca reputação (talvez nula) que ainda me resta, mas vamos ao que importa, ou não...

Não compreendi muito bem o porquê do hype em torno do concerto dos One Direction, e aliás vou regressar aqui ao meu humilde espaço e aos meus 4 leitores para vos relatar uma história altamente desinteressante, de porque é que considero que o ser humano não pára de me surpreender, maioritariamente pela negativa.

A minha sobrinha menor é fã de One Direction (antes isso que Nickelback), pronto vá, são para ela como o Juliluli Casablancas é para mim. E verdade seja dita que eu alimento a doença da criança, com posters e álbuns e tudo o que haja da banda para ela criar aquilo que muita gente chama de obsessão pouco saudável, mas que eu gosto de chamar de amor. Podem então calcular a tristeza dela quando constata que os bilhetes para o concerto esgotaram em 7horas após terem sido metidos à venda. 

Estão a ver aquela máxima do: “Não podemos dar tudo o que as crianças pedem, porque assim não as preparamos bem para a vida e elas devem habituar-se à rejeição e ao “Não”?”
Eu não sigo isso. Tenho a ideia que a vida é complicada estejam elas bem ou mal habituadas então tento dar sempre o que posso.
Contudo, todos os bilhetes que metiam à venda no OLX eram uma chulice do caralho, não querendo utilizar palavras piores. Bilhetes de 50 € a serem vendidos a 150 e 200? Não tenho dinheiro para isso, e mesmo que tivesse não dava 150€ por bilhete algum, fosse para ver quem fosse, nem o Julian de sunga preta a dançar o I like to Move it Move it, garanto-vos… Ok, talvez considerasse no caso do Julian de sunga preta, adiante.

Chega o dia do concerto e a miúda toda infeliz pede-me para ao menos ir para o Pavilhão Atlântico tentar vê-los a sair do autocarro e eu acedo. Posso dizer que fiquei surda nos primeiros 10 minutos, a sério aquelas pitas devem todas ser primas da Florence Welch e ter uns 5 pulmões cada uma, talvez mais. Estão a ver aquelas pessoas que quando estão sob elevados níveis de Stress vão para o meio do monte gritar para descomprimir? Assim eram elas, só que não estavam no meio do monte. Estavam a 4 centímetros dos meus ouvidos.
Agora chega a parte melhor da história, ligo à minha irmã que tinha ficado a tentar estacionar no meio daquela confusão e ela:

- “Olha estava aqui ao pé da bilheteira, perguntei se tinham bilhetes e consegui 2”

Sim. Ela conseguiu em 10 minutos bilhetes para uma merda que estavam rios de pitas a chorar baba e ranho para irem. 10 minutos. Ao preço que eles estavam a ser vendidos ao início.

 Plus, os lugares nem eram maus.

(assim se faz uma criança feliz)

(assim se faz uma tia completamente surda)

Agora querem ouvir algo ainda mais engraçado?
Eu não ia "preparada" para ir para um concerto e como sou psicótica, precavida tenho sempre dentro da mala coisas interessantes como um taser (que nem é legal), uma navalha, tudo o que possam imaginar. Claro está que em situação de risco possivelmente eu seria taserada com o meu próprio taser e esfaqueada com a minha própria navalha, porque sou muito aselha, mas isso não me impede de sentir fodona cada vez que me lembro que tenho grandes possibilidades de uma safar numa situação de assalto. Adiante. à entrada do concerto um segurança gigante manda-me abrir a mala, eu não me lembro do meu pequeno arsenal e abro a mala...

Segurança: BEM....  

Eu com cara de pânico
Segurança: Bem...A garrafinha de água vai ter de deixar aqui, mas se quiser a águinha eu meto-lha num copo, quer?
Eu: Okay ^^
Segurança: Um bom concerto!

E daqui se depreende que: As garrafas de água são uma arma bem mais letal do que qualquer outra coisa, porque eu podia, se lá salpicar alguém com a água ou assim e a noite estava fria e elas podiam apanhar uma pneumonia.
A partir de hoje o taser fica em casa e levo sempre a garrafinha.

quinta-feira, janeiro 31

Compras!

Sempre que vou às compras, as pessoas perguntam-me: "Então o que compraste?"
e eu respondo "Nada, porque era tudo muito feio" e eles dizem "Era tudo muito feio ou tu é que és muito esquisita?"

Isto é recorrente, e por mais que eu confirme "Era mesmo tudo muito feio." As pessoas não me acreditam.

Sendo assim hoje quando fui aos saldos (cadé eles, não achei) decidi tirar uma fotozita ou outra para explicar melhor a minha angustia das compras, ora vamos lá:

Começamos com uma coisa que eu por acaso não tirei foto mas que são as camisolas de auto ajuda, que existem em todo o lado.
Não há conceito mais estranho do que as camisolas da auto ajuda. Coisas com frases do género "Don't give up" ou " Don't be scared" ou "Better days will come".
No meu ver as camisolas com frases são logo um mau negócio porque atraem aqueles olhares estranhos das pessoas que se fixam nas nossas mamas (sitio onde regra geral está a frase), com justificação e desculpa "ah estava só a ler" é altamente constrangedor.


Mas vamos às fotos:

1- Camisolas da bruxaria

Ou é de mim que andei e a ver demasiadas coisas do Sobrenatural durante demasiados anos, ou algo de muito errado se passa com os padrões destas camisolas. Sei lá quem é que eu estou a evocar com isso vestido... sério...
Parecem símbolos maçónicos, ou sei lá... 

2-  Okay isto são sapatos com bigodes
Eu compreendi que poderá ser por causa do carnaval, por isso relativizei. E a foto é capaz de provocar um pequeno torcicolo mas não a consegui rodar e não me apeteceu abrir o photoshop de propósito. 

3- Calças de Pijama
Está bem que até podem tentar vender-mas como algo super moderno. Mas isto são calças de pijama. Eu tenho umas iguais, a única diferença é que têm o Winnie de pooh. Juro-vos, iguais!

Agora pergunto, sou eu que sou esquisita?